quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pensamentos!!




"O que nos resta do passado são memórias.
Do futuro nada sabemos!"


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Destinado...


Ela sorri, tenta fazê-lo com naturalidade. Mostra ao "mundo" que afinal é feliz e o "mundo", que a rodeia, diz-lhe isso mesmo, que tem tudo para o ser.
Acha que é valorizada o suficiente... e assim se acomoda ao final do dia, depois de mais uma jornada de trabalho, nas vulgares lides da casa.
Quando o marido chega já tem tudo na mesa, senta-se e é só servir-lhe a comida acabada de fazer. Depois ele volta a sair. "Talvez" vá ao café como sempre foi hábito fazê-lo. Pensava ela!
Muito mais tarde ele volta a entrar com os cheiros usados no corpo, para não dizer fétidos dos sítios por onde passou toda uma noite.
Ela dormia, cansada.
Deita-se ao seu lado sem uma palavra de carinho, afecto... apenas  com o intuito de mais uma vez "servir-se e ser servido".
Rui Veloso, um  Sr. da musica portuguesa,  consegue numa canção incluir o toque de quem se sente "objecto" e com uma decisão que estava escondida, ou talvez guardada nos recônditos dum belo Ser,  passou a ser a maior pessoa do mundo.
Velhinho este som, mas é o quadro pintalgado de tantas mulheres nesta Terra!
Para muitos esta é uma das melhores musicas "do" Rui, mas também uma das mais lindas letras. 




Saiu para a rua






Saiu decidida para a rua
Com a carteira castanha
E o saia-casaco escuro
Tantos anos tantas noites
Sem sequer uma loucura
Ele saiu sem dizer nada
Talvez fosse ao teatro chino
Vai regressar de madrugada
E acordá-la cheio de vinho
Tantos anos tantas noites
Sem nunca sentir a paixão
Foram já as bodas de prata
Comemoradas em solidão
Pôs um pouco de baton
E um leve toque de pintura
Tirou do cabelo o travessão
E devolveu ao rosto a candura
Saiu para a rua insegura
Vagueou sem direcção
Sorriu a um homem com tremura
E sentiu escorrer do coração
A humidade quente da loucura


(Carlos Tê/ Rui Veloso)









quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Divagar!! - O fogo da diferença.







"Criancinhas
A criancinha quer Playstation. A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua. Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher. Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A DEVIDA COMÉDIA
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal.
Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha?
Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos."
Artigo publicado na revista VISÃO online.

E depois há "Aquela Geração".
 O que vale é que levei uns estalos, chineladas, puxões de orelhas, algumas cinturadas; irmãos e colegas com quem repartir.
Brincadeiras, essas eram mesmo com os colegas, não frente à tv ou ao pc (o que ainda era raro, havendo apenas aqueles mini jogos do Tétris, ou de algumas naves) a jogar, mas a maior parte do tempo numa certa rua mágica de seu nome S. Simão, onde o largo ou a fonte eram concerteza o ponto de encontro para iniciar mil e uma brincadeiras com dez ou mesmo quinze personagens... ou fossem elas quantas fossem.
"Mesada", ou melhor "diária", era só para a carreira que hoje se chama "BUS" e por força do destino comecei a trabalhar no mês em que fazia catorze, ou seria mesmo "quatorze" anos?
Mas também vos digo que não seria isto ou a falta disto que me faria melhor ou pior que os outros... ou terá sido também por isto que hoje sou o Ser que sou?
  



domingo, 15 de novembro de 2009

Histórias da Geia - O ultimo pensamento.









Os olhos começavam a perder o brilho.
Nas masmorras tinham sido esquecidos durante gerações e gerações. Nos antigos terrenos de Thórbiorn foram vários os reis que caíram e mandaram... sem saberem que nos seus calabouços existiam oito celas esquecidas no tempo.
A pequena guilhotina junto ao chão, na porta de madeira suja e riscada por outros que por lá passaram antes, era o único contacto que tinham com o mundo exterior. A malga entrava com água e o prato de metal com aquela imunda papa e um pouco de pão por vezes duro.
Foi assim durante... muitos e muitos anos.
Faziam quase duas vezes a altura de um homem. As suas pernas cobertas de escamas, barbas longas, olhares profundamente coloridos e com uma força inigualável os Gog Magog perdiam a imunidade fora das terras de Anuros.
Antes de fazer parte do exército de Rasjasthan, o hoje Ariton assim como os outros sete, formavam um pequeno exército. Passavam-se meses que não viam as planícies verdejantes onde corriam fios de água límpida e fresca e onde havia pequenos lagos de água quente onde os gigantes se banhavam.
Ora no final de um dia, junto das fronteiras de Anuros, os oito depararam-se com uma vintena de homens caídos por terra. Sabiam que eles existiam de histórias remotas, mas era a primeira vez que viam homens naquelas paragens.
Estranharam a presença de tais figuras por aquelas bandas.
No cimo duma colina, o hoje negro Ariton, gritou “Amaldiçoados sejam!!”. Todos os outros correram para ele.
No outro lado da colina alguns dos seus filhos jaziam por terra, assim como algumas das suas mulheres.
Podiam ser grandes de estrutura ou meter medo até à maior das figuras que pisavam a Geia, mas era maior o amor ao que era seu, os seus filhos... as suas mulheres.
Enquanto brincavam nas colinas de Anuros um batalhão de homens atacou os pupilos e algumas das mulheres, entre elas Anfitrite. Deceparam-lhes membros com o intuito de não mais sobreviverem, depois fugiram.
Mas os oito das planícies não mais voltaram a Anuros.
Seguiram para lá das montanhas anos a fio.
A bondade que tinham deu lugar à malvadez, o tempo que passaram a procurar o acto de mortandade contra os seus filhos e mulheres fez-lhes sede de matar... de vingança.
Cavalgaram montes e vales e aniquilavam tudo o que lhes aparecesse no caminho.
Até que encontraram o que tanto queriam,o pequeno reino do homem. Os poucos Obours que tentavam penetrar as suas linhas facilmente foram aniquilados pelos gigantes.
E assim os gigantes entraram. E todos os homens, mulheres e crianças que cruzavam os seus caminhos eram mortos nas piores das formas. Nada escapava.
Rasjasthan, o asqueroso, sabia o que se estava a passar e deixou que o seu plano decorresse como o planeado.
Passou-se pouco mais de um ano escondidos nas terras do homem, a emboscar, a queimar pequenas aldeias... a matar. Até que o homem tomou precauções.
Ora os homens souberam que os gigantes perdiam os poderes fora das suas terras e uma vez feridos cairiam por terra como qualquer outra criatura.
Numa noite, três batalhões de homens cercaram o lugar onde os sete descansavam. Foram arremessadas redes sobre cada um dos gigantes antes que estes acordassem, limitar-lhes-ia os movimentos e o rei queria apanhá-los vivos.
Foram precisos mais de quarenta homens para cada um dos gigantes e para parar a força de cada um dos Gog Magog. Mesmo assim houve baixas da parte dos Thórn.
Foram julgados, acorrentados e levados para as masmorras onde iriam passar o resto dos seus dias.
O tempo continuou a passar e numa das noites, o próprio Rasjasthan, com as suas artimanhas conseguiu entrar nas prisões onde estavam os oito esquecidos.
Aí tentou-os. Ainda assim Ariton opôs-se a tal proposta, mas do outro lado conseguiu ouvir os outros sete a serem comprados pelo lado das trevas.
Rasjasthan uma vez mais voltou atrás e do lado de fora da porta voltou a propor ao gigante: “Preferes continuar o resto da tua vida de mortal enclausurado nessas quatro paredes e esquecido, ou preferes ser comandante de bravos exércitos como aquele que tenho para ti... para que possas continuar a aniquilar estes... estes homens que te traíram e vida eterna?”
Ariton pediu um momento para pensar antes de dar uma resposta. Queria apenas recordar uma vez mais as grandes planícies verdes de Anuros onde corriam fios de água, dos pupilos que brincavam desde o raiar do sol até este se pôr. Dos grandes Unicórnios que se alimentavam nos pomares de fruta, mas havia um brilho que se queria recordar pela ultima vez, o brilho do olhar de Anfitrite.
O tempo passou... esqueceu-os para uma vida eterna.

sábado, 14 de novembro de 2009

Pensamentos!!



Xeque-mate!!
Há uns anos passava uma publicidade bastante apelativa, que ainda hoje existe, em relação a pessoas diferentes de nós (ou será de nós diferentes das outras?).
Muitas dessas "diferenças" eram apenas pessoas de desigual etnia, sociedade, grupo social, cor, etc, etc... portanto "diferenças".
É a velha história do palhaço rico e do palhaço pobre!
A publicidade "diria" algo do género... "Todos diferentes, todos iguais".
Há um ditado italiano que gosto de usar em tantas situações que tenho a convicta certeza que nestes casos não haverá diferença, pois o fim será o mesmo para todos:

"No final do jogo, o rei e o peão, voltam de novo à mesma caixa!"



segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Divagar!!


Todos sabemos que o nosso país está a atravessar um péssimo momento, o que já vem de há muito tempo!
Sinais de melhoras não há!
Até aqui estamos de acordo!
Agora vejamos a "facilidade" das coisas.
Talvez se fizessem umas greves em massa, que atingisse os principais sectores da economia, onde por ex. se fizessem descargas de muita ME..A à porta duma assembleia, parlamento, etc., etc. e chamasse a atenção dos poucos que vivem bem, digamos mesmo dos meia dúzia de mandatários que nada percebem desta "cena", nas terras de D. Afonso H..
Aconselhava mesmo a uma segunda revolução... igual ao último 25 de Abril de que tanto e tão pouco (alguns) conhecemos.
Gostaria que todo o povo português que neste momento vive com intensidade a crise, e olhem que são "mais que muitos", emigrasse.
Isto por uma razão, não se enchia mais a barriga a porcos, ou seja, seriam poucos ou mesmo nenhuns os que trabalhariam (se é que sabem o que isso é) para próprio auto sustento e depois... bem e depois iam mandar para o "Zé do Alho"  não tendo mais ninguém a quem pôr a mão no bolso!!!!

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